“SONHOS, MITOS, LENDAS, CONTOS DE FADAS, FOLCLORE, RELIGIÃO, PRODUÇÕES LITERÁRIAS E PRODUÇÕES ARTÍSTICAS” – Parte 1

Muitos temas típicos, símbolos universais e conteúdos latentes oníricos também estão presentes nas produções culturais do ser humano e nos sintomas (e em seu conteúdo latente).

            Aos deuses de Olimpo, aos faraós e a outras figuras míticas é permitido o incesto; as lendas contem referencias a seres poderosos, “humanoides” e a seres humanos com historias existenciais inusitadas (como Romulo e Reno e a alcateia, por exemplo). O mesmo ocorre com as religiões (a partenogênese de Jesus, as mensagens extraterrestres recebidas pelos mórmons, o disco voador que esta na cauda do Cometa Halley-Bop, da seita suicida, os atributos tabi dos totens, a abertura do Mar Vermelho, para Moises e os judeus, a Terra Prometida aos judeus, por exemplo).

            Também no folclore encontramos historias e ditos populares que se referem aos conflitos psicossexuais e existenciais, bem como as produções literárias “bem sucedidas” se referem a dramas edipianos (Edipo, Hamlet) à ação de mulheres fálicas (Macbeth, por exemplo), decepções amorosas (Otelo), à inexorabilidade da destrutibilidade (A Metamorfose, o Processo, O Castelo, Os Irmãos Karamazov, Willian Wilson, por exemplo). As produções artísticas musicais e poéticas também trazem temas semelhantes como motivação, bem como as produções pictóricas.

            Os contos de fadas se referem à vida intima em família e em especial ao desamparo infantil e ao perigo que a manutenção desse desamparo acarreta para as possibilidades de sobrevivência e de desenvolvimento psíquico da criança; bruxas, lobos, gigantes ogros, fadas e seres fantásticos representam as tendências autodestrutivas e agressivas do ser humano que interferem na vida em família, restringindo as possibilidades reais de sobrevivência e suscitando a solução magica da “varinha de condão”, da coincidência, da sorte e da ajuda de “seres especiais” (gnomos, anões, pássaros, grilos falantes, por exemplo) para a correção da rota psíquica que condiz à sobrevivência e ao usufruto da experiência vivencial.

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